4º ANIVERSÁRIO KB-DDJ EM ABRIL!

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sexta-feira, 1 de junho de 2007

Entrevista à actriz "Joana Solnado"...!


Joana Solnado...


Vem de uma família de artistas e o apelido fala por si. É neta de Raul Solnado, com quem irá contracenar pela primeira vez na telenovela ‘Ilha dos Amores’, Joana é, aos 23 anos, uma das actrizes mais requisitadas em Portugal, uma das melhores da sua geração.

Durante muito tempo namorou com o também actor Diogo Amaral (Foi Frederico em "Floribella"), mas, neste momento, não revela se tem o coração livre.


O seu pai não é uma figura pública, como alguns membros da família, e a Joana já se queixou de que não passa muito tempo com ele. Qual a vossa relação?


Eu não me queixo, lamento-me. Claro que gostava de passar mais tempo com ele. Ele reside no Algarve e eu também passo muito tempo fora em gravações. Costumo dizer que ele está longe fisicamente, mas não está distante, está perto. É um pai hiperpresente, sempre foi, falamos quase todos os dias ao telefone e, quando posso, vou lá passar um fim-de-semana. A nível intelectual não podia estar mais com ele, apesar da distância.


O seu irmão Gabriel, de 11 anos, nunca perde uma oportunidade de lhe dizer o que pensa do seu trabalho. As crianças, por vezes, conseguem ser cruéis. Ele diz muitas verdades?


É o meu maior crítico e diz tudo o que tem a dizer. Às vezes custa um bocadinho ouvir, mas até costuma ter razão. Como tal, ouço com muito cuidado o que diz e tento não o reprimir nesse sentido. Quero mesmo é que ele diga o que acha, para que eu saiba se há algo a corrigir. É que as pessoas não costumam dizer as verdades todas. Há que conservar as críticas e os conselhos que nos dão.


A Joana estudou num colégio de freiras, mas parece que não era nenhum ‘anjinho’. E diz-se um pouco desiludida com a Igreja.


Não é desiludida, apenas nunca fui católica. Quando era pequena ia às vezes à missa, porque a minha avó assim o queria. Mas eles não me deixavam comer a hóstia e eu ficava zangada. Nunca pratiquei.


Essa maneira de estar invalida um casamento da forma tradicional, na igreja, vestida de branco?


Claro que sim. Quando era mais nova, sonhava entrar na igreja de véu e grinalda, mas hoje em dia sonho fazer uma grande festa na praia, com os meus amigos e familiares. Será uma festa para mostrar o quanto vou estar feliz. Mas casamento não.


E filhos?


Qualquer mulher deseja ter filhos. Não conheço uma que não queira. Mas não faço planos. Agostinho da Silva tem uma frase maravilhosa: “Não faças planos para a vida, que podes estragar os planos que a vida tem para ti.” Eu vou muito com o vento. Vamos ver o que a vida me reserva.


Namorou com Diogo Amaral durante bastante tempo. Achava que era o homem ideal?


Não falo sobre isso.


O que representa o amor para si?


Nesta vida temo-nos uns aos outros e mais nada, como disse uma vez José Luís Peixoto. Por isso, dou muita importância às pessoas e às relações que mantenho com elas. Amo a vida de uma maneira muito forte. Não há palavra mais forte do que amor.


Quando era adolescente teve um problema de saúde que transformou a sua família.


Esse não é um assunto tabu, apenas nunca encontraram uma explicação para o que eu sofria.


Foi o pior período da sua vida?


Para a minha família foi. Para mim, não, pois não me lembro de absolutamente nada. Tinha uns 14 anos.


Devido a esse problema de saúde, a sua mãe, Alexandra, voltou-se para um plano mais espiritual. Tenta também aí encontrar ajuda?


Eu medito para procurar em algo não material a minha paz interior. Em tudo na vida a matéria vem sempre em segundo plano.


Cria muitas expectativas na sua vida?


Faço precisamente o contrário. Tento não criar nenhumas. Aliás, tento viver no zero para que tudo o que chega seja um bónus.


Já teve alguns papéis mais ousados na sua carreira. Era capaz de se despir para uma revista por dinheiro?


Posar nua? Duvido muito, mas, mais uma vez, iria depender das circunstâncias e da fase da vida.


E se fosse hoje?


Não. Talvez, se fizer um papel que em cinema faça sentido, então não terei o menor problema. Sendo um papel como Joana, não.


Como se sente actualmente?


Estou muito contente com o que sou, com o que tenho e o que demonstro. É verdade que, neste momento, me sinto muito em paz. E sempre procurei esta paz.


E de onde vem toda essa paz?


Para ser sincera, não sei bem. Mas talvez porque trabalho bastante para estar assim, medito bastante. Ajuda-me a encontrar a paz interior e isso reflecte-se no que demonstro às pessoas.


Como se imagina aos 50 anos?


Nunca parei para pensar nisso e não é algo que me preocupe muito. Tenho coisas mais importantes em que pensar hoje em dia. Sei apenas que a representação é a melhor forma de obter prazer da minha vida e espero que o seja durante muito tempo. Não sei se aos 50 vou estar a representar, a fazer o que faço hoje, mas gostava.



Esperamos que gostem,

KB

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